terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Programa Minha Casa Minha Vida não Sai do Papel

Iniciativa privada não construiu nenhuma unidade para famílias de 0 a 3 salários

Publicado no jornal O Globo – 31-01-12


Em São Paulo e no Distrito Federal, o programa Minha Casa Minha Vida, para pessoas de baixa renda (de 0 a 3 salários mínimos), ainda não saiu do papel. Em 2011, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado de São Paulo (Sinduscon/SP), nenhuma unidade foi construída pela iniciativa privada no município. Balanço do Sinduscon/DF mostra que nem a iniciativa privada nem o governo construíram qualquer imóvel para essa faixa de renda na região. Com as mudanças anunciadas pelo governo federal para o Minha Casa Minha Vida 2, Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon/SP, diz acreditar que o problema persistirá.




 - No Minha Casa 1, o município de SP podia ter recebido 30 mil unidades, mas não conseguiu nenhuma através da iniciativa privada. O que tivemos foram três mil unidades num terreno da Cohab. Agora, com as novas especifidades, com a área do imóvel tendo aumentado 10%, tendo que entregar cozinha com piso cerâmico, banheiro com azulejo em todas as paredes, tendo que pensar em acessibilidade, o reajuste que o governo produziu está aquém dos índices da construção civil - diz Watanabe. - A unidade passou de R$ 52 mil para R$ 65 mil, o que é abaixo do valor de mercado. São Paulo podia receber até 70 mil unidades, mas não vai conseguir fazer nem uma por esse valor. A iniciativa privada se move em razão da rentabilidade. Se não tem rentabilidade, não faz.


Para tentar minimizar o problema, lembra Watanabe, a presidente Dilma Rousseff assinou um termo de compromisso com o estado e a Caixa Econômica Federal para construir 100 mil unidades para essa população.


- Assim, o governo do estado vai complementar o valor do imóvel com até R$ 20 mil. A ideia é construir nas regiões metropolitanas, o que pode até fazer com que o programa tenha sucesso. Mas na cidade de São Paulo, onde já não tem disponibilidade de terreno e onde o preço da terra é mais caro, acho difícil viabilizar.


No DF, de acordo com Paulo Muniz, vice-presidente do Sinduscon/DF, “não tem nada acontecendo nesse área”:


- O preço dos terrenos é alto e ainda temos muitas cidades-satélites não legalizadas, o que inviabiliza construir por lá. Então, do jeito que o programa é hoje, não tem condição da iniciativa privada participar. Se não tiver subsídio para o terreno, é impossível fazer qualquer unidade - diz Muniz, lembrando que existe um edital para, em parceria com o governo, serem construídas unidades para famílias de baixa renda. - Sem parceria é melhor não fazer.


Vice-presidente do Sinduscon/MG, André de Souza diz que o programa esbarra na dificuldade de se encontrar terreno em BH.


- A prefeitura tem criado leis para estimular a construção. No Minha Casa 1, foram aprovadas 1.470 unidades, que devem começar a serem entregues este ano. Agora, estão para serem aprovadas 1.200 unidades em BH. O déficit é de cerca de 50 mil famílias.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

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Minas Gerais Tem o Segundo Melhor Índice de Criação de Empregos do País em 2011


O governador Antonio Anastasia comemorou os resultados da geração de emprego em Minas, no ano passado. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (24), pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) registrou, em 2011, a criação de 206.402 empregos com carteira assinada em todo o Estado. Segundo o Ministério do Trabalho, entre os 27 estados da Federação, Minas Gerais só perdeu para São Paulo na geração de postos de trabalho. Em todo o Brasil, foram criados 1,94 milhão de empregos formais em 2011.


O setor de Serviços, com 103.923 postos, foi o que mais gerou empregos no ano passado em Minas, seguido por Comércio (47.170), Indústria de Transformação (26.015) e Construção Civil (13.965 postos). Na Região Metropolitana de Belo Horizonte de Belo Horizonte foram 88.217 empregos formais no ano de 2011.




O resultado de 2011 em Minas foi o segundo maior desde 2003. É a segunda vez, no mesmo período, que o saldo de empregos ultrapassa a marca de 200 mil vagas criadas em um só ano. Em 2010, foram criados, no Estado, 297 mil empregos, enquanto, no Brasil, o número chegou a 2,35 milhões.


Segundo o governador Antonio Anastasia, o desempenho reflete os esforços que estão sendo feitos pelo Governo de Minas, no sentido de criar um clima favorável aos investimentos no Estado, ao mesmo tempo em que procura atrair empreendimentos que produzam com maior valor agregado.


“No âmbito do governo, temos procurado focar a atuação naquelas atividades finalísticas e que possam permitir a geração de empregos no setor privado. Essa é a nossa obsessão e continuará sendo a número um, porque a geração de empregos de qualidade significa que a riqueza vai ser ampliada, vai circular, permitindo o aumento da atividade econômica e, a médio prazo, mais tributos e melhor infraestrutura para o Estado como um todo.


Mesmo com a ampliação da crise internacional e seus reflexos em nossa economia globalizada, conseguimos manter o ritmo de geração de postos trabalho formais. A expectativa é que, neste ano, Minas consiga manter os níveis de investimento privado, que contribuirão para a continuidade do processo de desenvolvimento socioeconômico, por meio do trabalho e da qualificação profissional”, afirmou o governador.



Para o secretário de Estado de Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta, os dados apresentados apontam que Minas está no caminho certo. “Trabalhamos muito durante o ano de 2011 na ampliação da rede de atendimento ao trabalhador, formada pelas 128 unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine), para oferecer ao cidadão mineiro as melhores oportunidades de trabalho. A Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego tem se empenhado para cumprir a missão dada pelo governador Antonio Anastasia, que quer oferecer, cada vez mais, empregos de qualidade para toda a população”, explicou o secretário.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Governo de Minas Leva Programa Antitabagismo para Municípios do Interior


O Programa de Cessação do Tabagismo, já incorporado às ações do Governo de Minas de proteção à saúde do servidor, será levado em 2012 a municípios do interior do Estado. A partir do mês de março, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, será a primeira cidade a contar com a equipe preparada para fazer o tratamento dos interessados em abandonar o cigarro. Em maio, o programa irá para Divinópolis e, em agosto, chegará a Sete Lagoas.


De acordo com a assessora médica da Diretoria Central de Perícia Médica, Alba Machado de Sá, coordenadora do programa, além das cidades do interior, a partir de 2 de fevereiro, novos grupos de tratamento serão iniciados também no edifício Maletta, no centro da capital, onde funciona a Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional e, em seguida, em data a ser definida, na Cidade Administrativa de Minas Gerais.




O Programa


Com duração de sete semanas e periodicidade semanal, o projeto-piloto de cessação do tabagismo foi lançado junto aos servidores da Cidade Administrativa em 31 de maio do ano passado, Dia Mundial sem Tabaco, com a realização de uma palestra de sensibilização.


Posteriormente, foram formados os grupos de terapia cognitivo- comportamental com os tabagistas, quando 106 servidores aderiram ao programa, sempre acompanhados de um médico e um psicólogo.


Segundo a médica Alba Machado de Sá, na maioria dos casos é necessário recorrer à medicação para o interessado abandonar a dependência do cigarro. A médica ressalta que a parceria, formada com as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedese) e de Saúde (SES), entre outras, possibilita o fornecimento do remédio “totalmente gratuito”.

O programa prevê ainda consultas médicas para a avaliação do tabagista e distribuição de material didático informativo. É primordial a presença do participante em todos os encontros.


Pesquisa


O interesse pelo programa com o projeto-piloto na Cidade Administrativa foi medido pela pesquisa aplicada antes de seu início. Dos 439 servidores que responderam à enquete, 53% demonstraram o desejo de deixar o cigarro, mas ainda não haviam decidido quando, e 43% se mostraram prontos a abandonar a dependência. Apenas 4% responderam não querer parar.


Entre os 106 servidores que aderiram ao programa, 81,55% conseguiram parar de fumar. Durante um ano, eles serão acompanhados pela equipe coordenadora do projeto e, apenas depois desse período, poderão ser considerados oficialmente ex-tabagistas. Ainda segundo a avaliação, a iniciativa do programa antitabagismo foi avaliada como “ótima” ou “boa” por 99% dos participantes.


Inscrições


As inscrições para o programa poderão ser realizadas por meio do site da Seplag no link servidor, ou por meio do sítio eletrônico www.planejamento.mg.gov.br/tabagismo.asp


As vagas são limitadas e os primeiros inscritos terão prioridade na participação do programa.


Para a coordenadora Alba Machado de Sá, o programa antitabagismo trará diversos benefícios aos servidores e ao próprio Estado, tanto do ponto de vista da saúde dos servidores quanto do econômico. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo ativo é a principal causa de morte evitável no mundo e o passivo, a terceira. Um estudo da Fundação Osvaldo Cruz mostra que o cigarro é responsável por um prejuízo anual de R$ 338 milhões ao sistema público de saúde.