sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para o senador, governo do PT promove o continuísmo

Aécio Neves diz que PSDB é o partido com a coragem
Necessária para mudar o Brasil






O senador Aécio Neves (PSDB/MG) afirmou, nesta segunda-feira (07/11), que o governo do PT tem promovido o continuísmo nos últimos anos. Para ele, o Brasil precisa de uma nova agenda com novas propostas e o PSDB é o partido com a coragem necessária para construí-la.


“Houve um continuísmo exagerado. Não tenho dificuldade sem dizer que no governo do presidente Lula aconteceram acertos. O principal deles foi a contrariedade, o esquecimento do seu discurso até a eleição e a apropriação, sobretudo, da política macroeconômica do presidente Fernando Henrique, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, tão rebatidas por eles e, agora, por eles apropriadas. Nós, que construímos esse tripé macroeconômico, de metas de inflação, de câmbio flutuante, superávit primário, quer estituímos o arcabouço de toda a política macroeconômica que vem sendo executada, temos a responsabilidade de ousar mais. No momento em que o PT abdica de um projeto de país para se dedicar exclusivamente a um projeto de poder custe o que custar, caberá o PSDB fazer o que inicia aqui hoje, propor uma nova e ousada agenda para o País”, disse.


Aécio Neves também criticou o inchaço da máquina pública federal, hoje com 39 ministérios. Ele defendeu a profissionalização do setor público, lembrando o Choque de Gestão, iniciativa de seu governo em Minas Gerais que saneou as contas públicas, aumentou os investimentos sociais e estabeleceu metas e bonificações para os servidores públicos.


“Quando se profissionaliza o setor público, os resultados vêm. Eu, como tantos que estão aqui, ouvi pela primeira vez essa expressão utilizada na política, o ‘choque de alguma iniciativa’, quando Mário Covas era nosso candidato à Presidência. De lá para cá, nos apropriamos um pouco dela.Cunhamos, em Minas Gerais, o Choque de Gestão, hoje uma expressão nacional. Mas o que falta hoje no Brasil é um choque de profissionalismo na gestão pública. É inconcebível que tenhamos, hoje, quase 40 ministérios. Para quê? Para que ministérios, como o do Esporte, tenham 75% dos cargos de livre nomeação ocupados pelos companheiros partidários? Isso não existe”, afirmou o senador.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Brasil tem 5 milhões de Pessoas em Situação de Pobreza

Índice de Desenvolvimento Humano em ritmo mais lento


Publicado no jornal O Globo – 03-11-11

O Brasil tem 5,075 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011. Esse número - que equivale a 2,7% da população do país - abrange indivíduos que, além de não terem renda, vivem sem acesso a educação ou saúde ou condições de vida consideradas decentes (como água, luz e saneamento, por exemplo). Para as Nações Unidas, a pobreza deve ser medida não apenas de acordo com a renda, mas com as privações que os indivíduos enfrentam para ter qualidade de vida.

Por isso, desde o ano passado, o relatório traz o chamado Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). Por ele, é classificado como pobre qualquer indivíduo privado de pelo menos três de um total de dez indicadores considerados importantes para se ter qualidade de vida: nutrição, baixa mortalidade infantil, anos de escolaridade, crianças matriculadas em escolas, energia para cozinhar, toalete, água, eletricidade, moradia digna e renda. E quanto maior o número de indicadores, mais grave é a situação.

Por esses critérios, 1,7 bilhão de pessoas em 109 países, ou um terço da população mundial, vivem em situação de pobreza. O valor é ainda maior do que o grupo de 1,3 bilhão de pessoas que vivem com US$ 1,25 ou menos por dia, que é a linha internacional de pobreza. De acordo com o relatório, Níger é o país com maior proporção de pessoas em pobreza multidimensional, com 92% da população nessas condições.

No caso brasileiro, quando se considera a proporção de pessoas em situação de pobreza grave (com privação em pelo menos 5 dos 10 indicadores), 375 mil indivíduos são afetados. No entanto, 13,2 milhões de pessoas se encontram numa situação vulnerável, ou seja, sofrem até três privações.

No entanto, quando se considera a população que vive com menos de US$ 1,25 por dia no país, o percentual é bem maior: 3,8% ou 7,142 milhões de pessoas. Para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud), esse quadro indica que, mesmo não tendo renda, uma parte da população pobre tem acesso a outros recursos como saúde ou educação.

Embora o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010 apontasse que 8,5% da população brasileira viviam em situação de pobreza, o indicador de 2,7% em 2011 não significa uma melhora brutal dos dados do país. Isso porque o que afetou o IPM foi uma mudança na base de dados da pesquisa.

No ano passado, os números da área de saúde eram de um relatório da Organização Mundial de Saúde de 2003. Agora, os dados utilizados são os da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) relativos a 2006. Por isso, os números não são comparáveis.