quarta-feira, 31 de março de 2010

Governador assume compromisso de aprofundar avanços

Mesmo com a chuva que caiu na tarde desta quarta-feira (31), em Belo Horizonte, cerca de oito mil pessoas estiveram na Praça da Liberdade para acompanhar a solenidade de transmissão de cargo do ex-governador Aécio Neves para o novo governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Repetindo a tradição mineira, eles discursaram da sacada do Palácio da Liberdade, acompanhados dos ex-governadores do Estado - Itamar Franco, Eduardo Azeredo, Francelino Pereira e Rondon Pacheco. Ao discursar, Antonio Anastasia assumiu os compromissos de garantir avanços nas ações e programas iniciados por Aécio Neves e atuar pelo fortalecimento dos municípios e pela eficiência na gestão pública em favor da população.






“Terei a honra imensa de sucedê-lo no comando do Estado, concluindo seu mandato, com absoluta lealdade, ética e responsabilidade, mirando-me em seu exemplo de conduta invulgar e na grandeza de seus gestos. Meu esforço, sobre-humano se necessário, será o de dar continuidade à sua aplaudida e reconhecida administração, sempre inovando e aperfeiçoando; aliás, como foram os quase oito anos de seu histórico governo. Os compromissos de Aécio Neves são os compromissos de Antonio Anastasia”, afirmou o novo governador.



Ele completou: “aqui também estamos para reafirmar nossa lealdade à sua luta, que também é nossa luta: pelo fortalecimento da federação, pelo prestígio aos nossos municípios, pelo respeito às pessoas, pela eficiência na gestão pública, pela ética e pela responsabilidade no trato da coisa pública”.



Mutirão em favor de Minas



Para Antonio Anastasia, a solenidade de transmissão de cargo é um misto de despedida ao ex-governador e de felicidade por ter atuado na equipe do Governo de Minas nestes últimos sete anos e três meses.



“Neste momento, nosso sentimento é um misto de saudade antecipada e de imensa alegria de ter podido participar, sob sua liderança, deste mutirão realizado a favor de Minas Gerais e de seu povo. Tive o sublime privilégio de ter convivido, por todos estes anos, com nosso governador Aécio Neves, o estadista ousado, o político arguto, o administrador competente, o homem público probo, o líder carismático”, afirmou o governador.



Após discursarem na sacada do Palácio, Anastasia recebeu de Aécio Neves o Grande Colar da Inconfidência, honraria maior do Governo de Minas, simbolizando a transmissão do cargo. Na sacada do Palácio da Liberdade, os dois estavam cercados de amigos, familiares, autoridades, além dos ex-governadores.



O governador Anastasia também reafirmou o compromisso de avançar nas parcerias firmadas ao longo do Governo Aécio Neves.



“Todos os mineiros sentem, em seu dia a dia, as sensíveis modificações de nosso Estado, fruto das fundamentais parcerias celebradas pelo Governo do Estado com as Prefeituras Municipais, com o setor produtivo, com a sociedade civil, com as universidades, sempre com o decisivo apoio das bases parlamentares, estadual e federal, de sustentação de nosso Governo”.



Compromissos cumpridos



O ex-governador Aécio Neves, ao transferir o cargo para Anastasia, destacou que deixa o Governo de Minas em cumprimento à lei eleitoral. Em seu pronunciamento feito na sacada, acompanhado dos ex-governadores presentes, ele disse que retorna à condição de cidadão mineiro certo de ter cumprido os compromissos que assumiu com a população em seus dois mandatos.



“É com essa emoção que me despeço de vocês como governador, para voltar ao meio de todos, como cidadão e conterrâneo, para os acompanhar e receber o que o destino me reservar. Aos amigos queridos que de todas as partes de Minas e de outros cantos do Brasil aqui para nos abraçar e compartilhar conosco esses momentos tão marcantes. Obrigado, muito obrigado, e levem para suas casas a certeza de que aqui o chão de terra dessas ruas, pratica-se a política com ética, trabalho e o mais importante, com generosidade”, afirmou.



Aécio Neves disse ainda ter confiança de que Anastasia irá prosseguir com os compromissos firmados com a população.



“Investido no cargo, o governador Anastasia leva consigo todos os compromissos que pactuamos nas ruas, com os mineiros. Tenho certeza que ele também os cumprirá, um a um. Estou certo, governador Antonio Anastasia, que sua gestão manterá a mesma ousadia e a mesma coragem que nos guiou, desde o início e nos trouxe até aqui”.



Aécio Neves foi eleito governador de Minas Gerais, em primeiro turno, em 2002 com uma votação histórica no Estado: 5.282.043 votos, o correspondente a mais da metade dos votos válidos (58%). Em 3 de outubro de 2006, foi reeleito tendo como vice-governador Antonio Anastasia. Eles obtiveram uma votação histórica no Estado. Foram eleitos no primeiro turno das eleições com 7.482.809 votos que representam 77,03% dos votos válidos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Anastasia assume governo com discurso afinado com PSDB


Conhecido por ser o gerente do governo Aécio Neves (PSDB), o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) que toma posse como governador na quarta-feira, deixa o discurso de gestão de lado e mostra que já está afinado para a campanha à reeleição, que começa em julho, depois da confirmação de seu nome como candidato em convenção. Filiado ao PSDB em 2005, Anastasia garante ter recebido o carimbo de tucano bem antes, já que desde 1995 tem participado de governos do partido. Foi secretário-executivo dos ministérios do Trabalho e da Justiça, no governo Fernando Henrique Cardoso. Apesar de salientar que os mineiros ficaram frustrados em não ter o governador Aécio como candidato a presidente pelo partido, Anastasia garante empenho na campanha de José Serra ao Planalto.


Reconhece que o discurso da gestão é difícil de ser entendido pela população, mas acredita que a experiência de professor – é mestre em Direito Administrativo – o ajudará a mostrar que sem arrumar a casa é impossível implementar políticas públicas. Em relação ao reajuste de 10%, em média, para o funcionalismo público, garante que o anúncio, às vésperas da campanha não foi eleitoreiro. Só não foi possível antes devido à violenta queda de receita no ano passado. Anastasia ainda acredita que o PMDB possa se aliar ao PSDB, argumentando que ninguém acreditava que PSDB e PT estariam juntos em 2008 na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.


Quando será definido o candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senhor?

A escolha do vice é resultado de um arco de alianças. Ninguém é candidato sozinho. Da força política que apoia o nosso governo será escolhido o candidato a vice-governador, de acordo com as circunstâncias, o perfil, as condições de se somar do ponto de vista eleitoral. A ansiedade dos partidos é natural mas essa composição tem que ser feita no momento certo, até porque a oposição ainda nem definiu sua candidatura. Temos que aguardar para que esse jogo seja feito com cuidado e atenção.


Já se sabia que o senhor assumiria o governo de Minas desde que o governador Aécio Neves formou uma chapa puro sangue para a reeleição. Como foram esses quatro anos de espera?


Sou funcionário público do estado há mais de 25 anos, fui secretário de estado muito jovem, diretor da Fundação João Pinheiro com 27 anos, fui secretário no primeiro mandato e vice-governador, tenho todo o preparo e
conhecimento da máquina do estado. Mas evidente que o exercício do cargo de governador tem um degrau acima e para isso precisamos de equilíbrio, serenidade, responsabilidade, ética, probidade, atributos que encontramos no governador Aécio e tento me espelhar nele. Sou uma pessoa simples, a posse não altera muito o meu lado psicológico. Tudo na vida é uma mutação, temos que agir com naturalidade. O senhor filiou-se ao PSDB, um ano antes da eleição de 2006, cumprindo o prazo exigido pela lei eleitoral.

O senhor é um homem de partido, tem o carimbo do PSDB?


Tenho. Apesar de ter me filiado relativamente há poucos anos, atuo em governos do PSDB, desde 1995, identifico-me muito com os princípios do PSDB, da responsabilidade e da gestão eficiente, tenho identidade plena com o partido. Ainda sabendo que em Minas, as circunstâncias políticas, diversamente de outros estados, permitem uma composição mais ampla, o que é bom.

Como homem de partido, o senhor diria que a campanha presidencial do PSDB está atrasada?

Eu gostaria que o candidato a presidente pelo PSDB fosse Aécio Neves, não só eu, como todos os mineiros e muitos brasileiros. O governador fez uma proposta, o partido acabou seguindo por outra trilha, o governador Serra deverá ser indicado em 10 de abril o pré-candidato e vai ter todo o nosso apoio e trabalho. Serra tem um grande conhecimento, ao contrário de mim que as pessoas não conhecem por nunca ter sido candidato. No caso dele, o que é fundamental são as propostas, as ideias, o que vai apresentado durante a campanha que só começa em julho. Ele está no ritmo que acha correto.


O que senhor tem coletado nas viagens pelo interior do sentimento do mineiro em relação à saída de Aécio da disputa presidencial?


Como eu, acho que todos os mineiros queriam a candidatura do governador. Não posso arriscar, mas acho que ele teria 95% dos votos dos mineiros, quase uma unanimidade. É claro que as pessoas se sentem um pouco frustradas, porque gostariam de vê-lo candidato, mas tenho certeza absoluta que se não é agora, será em outra oportunidade. Aécio é muito jovem, será presidente do Brasil, faz parte de um certo destino, de uma certa trajetória. Quem sabe em 2014, 2018? Essa candidatura ocorrerá mais cedo ou mais tarde e, como tem um grande carisma, será eleito. Nesse meio tempo, nosso partido tem um candidato, que é o Serra, e ele será também um grande presidente.


Serra então terá muito trabalho na campanha em Minas?

As pesquisas indicam que, por ora, ele tem grande vantagem. Com o apoio do governador Aécio Neves terá um bom desempenho.
Esse apoio está mais do que certo?


Sim. O governador é um homem de partido e quer demonstrar que está empenhado na campanha, por que é importante para o partido e para o país.


Na campanha em Minas, será difícil vencer se o presidente Lula conseguir unir PT e PMDB?


Temos que cuidar do nosso campo, fortalecê-lo. A campanha, contra quem quer que seja, será difícil. A eleição em Minas é tradicionalmente disputada. As do governador Aécio, com margem muito grande de vitória no primeiro turno, foram exceções. A base política de apoio do governo é muito forte e vai se manter unida, vamos para a campanha com a situação bastante articulada, o meu desconhecimento vai diminuir a partir da assunção do governo e vai desaparecer completamente quando a campanha para a TV começar. Não vamos subestimar nossos adversários, mas nossas propostas serão melhores.


Ainda há possibilidade de aliança com o PMDB?


É possível, política muda com muita facilidade. Quem poderia imaginar que PT e PSDB fossem se coligar para a eleição de Márcio Lacerda (PSB), na Prefeitura de Belo Horizonte? E aconteceu. Essas discussões continuam havendo entre os presidentes dos partidos. Vamos aguardar.


A comparação da sua candidatura com a da ministra Dilma Rousseff (PT), por serem duas pessoas que nunca passaram pelo crivo das urnas, incomoda?

Não há incômodo ou demérito em não ter disputado eleição. A situação do ex-governador Eduardo Azeredo foi igual a minha. Tinha sido vice-prefeito de Belo Horizonte, quando Pimenta da Veiga saiu, assumiu a prefeitura e depois candidatou-se ao governo. Temos vários outros nomes aqui e em outros estados, como de Walfrido Mares Guia, que foi vice-governador sem nunca ter se candidatado anteriormente. A pessoa tem que começar um dia por alguma circunstância. Nos comparam também porque a ministra tem como eu uma origem chamada de técnica o que acho artificial, por que ela também tem uma atividade política muito grande. Acho que as semelhanças param aí. Em termos de pensamento, visão do Estado, somos diferentes até porque os partidos são diferentes, temos trajetórias distintas, pertencemos a gerações diferentes. No grosso, existem diferenças bastante profundas.


O senhor acredita na comparação de concepção de estado durante a campanha?


Não acredito até porque essa discussão é um pouco falsa. Não há grande distinção dos modelos de estado dos governas FHC e Lula. O fundamento é a política macroeconômica, que é a mesma. Alguns programas do presidente Lula avançaram, como na distribuição de renda, porque as circunstâncias econômicas ajudaram. Noutras áreas, como na saúde, houve piora. Há uma continuidade que o Plano Real surgiu da coragem do presidente Itamar Franco. Não acredito que haja esse divórcio entre concepções de estado, acho que há mais discurso do que ação. As pessoas não querem saber se o estado é grande ou pequeno, intervencionista ou não, essa é uma história da carochinha, do passado. O que todos os governos procuram pelo mundo afora, é o estado eficiente, o que funciona. O que ofereça resultado. Por isso, nossa obsessão pela eficiência. Muitos estados, inclusive administrados por governadores de oposição a nós, nos copiaram literalmente.


Como Lula e Aécio, o senhor vê no futuro PSDB e PT juntos?


Existem pontos convergentes e divergentes. Nós do PSDB temos muito mais interesse na profissionalização do estado. São pontos convergentes, as políticas sociais, de intervenção a favor das pessoas mais desguarnecidas.


A relação do governador Aécio com Lula transcende a institucional. Como será a sua relação com Lula como governador?


Não tenho com o presidente Lula a proximidade que o governador Aécio tem de uma amizade pessoal que decorre do tempo da Constituinte. Tenho uma relação respeitosa, já pedi audiência com o presidente na primeira semana em que assumir o governo. As relações administrativas são muito boas com o governo federal e não há motivo para alterar isso, mesmo com a campanha eleitoral. Em Minas, somos um povo mais ameno, até os candidatos do PT que tem se colocado, Fernando Pimentel e Patrus Ananias, têm uma boa relação de amizade conosco.


O modelo de gestão do PSDB trata o estado como uma empresa?

Não. É impossível administrar o estado como uma empresa. A empresa pertence a um proprietário que a administra visando corretamente o lucro. O estado não tem dono. São administradores provisórios e tem como objetivo primordial a boa prestação dos serviços públicos, custe o que custar. O que as pessoas confundem é que podemos trazer do setor privado para o público instrumentos de gestão devidamente adaptados. O setor privado também recebe instrumentos de gestão do setor público. Toda grande empresa não compra livremente no mercado, faz coleta de preços, copiando as licitações públicas. São mundos distintos, que se cooperam.


O discurso da gestão não é difícil para a campanha eleitoral?

Como discurso é difícil, mas como ação é fácil. Se mostramos às pessoas que para asfaltar estradas, construir casas, reformar escolas, melhorar indicadores de segurança pública é preciso ter por detrás uma base da boa administração. É como no serviço doméstico da nossa casa. Se vivermos com uma casa anarquizada, de pernas para o ar, com as camas desarrumadas, os móveis empilhados, não é possível trabalhar corretamente. A discussão não será a gestão, mas as políticas públicas.


Como o senhor responde às críticas da oposição e do funcionalismo de que o reajuste foi dado agora, a véspera da campanha eleitoral?


No primeiro mandato, colocamos a casa em ordem. Tínhamos dificuldade no pagamento regular do funcionalismo, do 13º salário, das verbas retidas e colocamos em dia. Criamos os planos de carreira, demos aumentos para várias categorias. Nos dois governos, admitimos por concurso 50 mil servidores e regularizamos a situação jurídica de outros 125 mil. Como o número de servidores é expressivo, qualquer reajuste tem impacto muito grande na nossa receita. Quando íamos dar um passo maior, em 2009, a receita desabou, perdemos quase R$ 2 bilhões de receita. Não está sendo dado reajuste na véspera da eleição. A receita caiu violentamente até outubro e em novembro do ano passado começou a melhorar. Tínhamos que ter perspectiva se ia melhorar mesmo. Aguardamos até fevereiro, quando fechou a receita, vimos que seria possível conceder aumento.

terça-feira, 23 de março de 2010

Vice-governador defende descentralização de recursos para estados



A descentralização de recursos aos estados para que possam implantar políticas públicas de promoção, apoio e estímulo à atividade agropecuária foi defendida pelo vice-governador professor Antonio Anastasia durante a abertura do 11º Congresso Pan-americano do Leite, realizada na noite dessa segunda-feira (22), no Minascentro. “Temos que nos esforçar para agregar valor à produção, ou seja, pegarmos o leite e transformá-lo também em produtos industrializados com valor agregado maior, favorecendo nosso produtor de leite e, é claro, também o consumidor mineiro”.







Na avaliação do vice-governador, “com tristeza, a Federação Brasileira, ao longo das últimas décadas, foi se enfraquecendo. Os estados federados não têm praticamente nenhuma autonomia; política econômica não existe nas esferas dos estados. Nós, em Minas Gerais, como os colegas de São Paulo, Rio Grande, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Tocantins, de todo o Brasil, não temos instrumentos, não temos meios, não temos formas de atuar economicamente. Os estados brasileiros estão de joelhos e, portanto, sem condições de termos uma política econômica autônoma, ao contrário do que ocorre nas demais federações”.



Não é assim no Canadá, na Austrália, na Índia, nos Estados Unidos e nem na Alemanha onde, conforme comparou professor Anastasia, “os estados têm instrumentos de políticas econômicas e, portanto, uma parte mais expressiva das receitas e podem ajudar de acordo com sua vocação, com suas prioridades, com seu perfil econômico. No Brasil, lamentavelmente isso não ocorre”. O vice-governador ponderou que em Minas Gerais, de forma inovadora, há alguns programas especialmente destinados à qualificação e melhoria da qualidade do leite, citando o Instituto Cândido Tostes da Epamig como um grande esforço na área da ciência e tecnologia.



No entanto, ressaltou que o ponto nuclear em discussão no 11º Congresso, que se refere ao tema de uma política a favor do leite, “os estados nada podem fazer”. Dessa forma, reiterou o apelo para demonstrar ao Brasil a necessidade de um processo de descentralização ou, “do contrário, ficaremos sempre à mercê de uma centralização exagerada, decorrente da antiga corte imperial que resolvia todos os problemas do Rio de Janeiro e que depois foi a Brasília e, portanto, está muito distante das necessidades, da sensibilidade, daquilo que os agricultores e produtores precisam. Isso é um dado da nossa realidade”.



Para o vice-governador, “nesse momento que o Brasil vive, em ano de grandes debates, deve ser encarado o tema relativo à descentralização, para termos condição de construirmos coletivamente uma alternativa. Aí, sim, cada estado, cada esfera de governo terá meios e esforços para tentar dar essa garantia, para cobrar em conjunto, e também se co-responsabilizar com a esfera federal nesse esforço fundamental de dar a tranquilidade e a segurança para que o produtor se sustente”.



O 11º Congresso Pan-americano do Leite, que se estende até o dia 25, reúne produtores e demais representantes do setor de vários países. Na abertura, participaram o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cássel, a presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária, senadora Kátia Abreu, o presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais e do Sebrae-MG, Roberto Simões, o presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Alberto Pinto Coelho, o secretário de Estado de Agricultura, Gilman Viana, o secretário geral da Federação Pan-americana, Eduardo Leon, o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, Márcio Lopes, entre outras autoridades.


segunda-feira, 22 de março de 2010

Vice-governador participa da abertura do 11º Congresso Pan-Americano do Leite



O vice-governador professor Antonio Anastasia participará, nesta segunda-feira (22), às 19h, da abertura oficial do 11º Congresso Pan-Americano do Leite, no Minascentro, em Belo Horizonte. Promovido pela Federação Pan-Americana do Leite (Fepale) a cada dois anos, o Congresso será realizado de 22 a 25 de março e visa debater e planejar os rumos da cadeia leiteira.





Criar um espaço para reflexão, discussão e intercâmbio de conhecimentos e experiências é o principal objetivo do Congresso, que reunirá especialistas e grande parte da classe empresarial do setor leiteiro pan-americano. Serão oferecidos aos participantes simpósios, painéis de debates e palestras sobre a cadeia produtiva do leite, com a apresentação de trabalhos técnicos-científicos. Os organizadores destacam a Exposição Industrial e Comercial, onde as novidades do setor poderão ser apreciadas.



Vale ressaltar que Minas Gerais foi escolhida para receber a 11ª edição do evento por ser o maior Estado produtor nacional de leite e de queijos e pelo trabalho de entidades públicas e privadas em pesquisa, fomento e modernização da produção.





Serviço:

Evento: Abertura do 11º Congresso Pan-Americano do Leite

Local: Minascentro – Avenida Augusto de Lima, nº 785, Centro

Dia: 22/03/2010

Horário: 19h


Empresas receberão financiamento para pesquisas em design




A Fapemig vai financiar seis projetos de inovação na área de design. Eles foram aprovados no Edital 19/09, "Design nas Empresas", que contempla empresas mineiras associadas a instituições de ensino e pesquisa localizadas no Estado. Serão R$ 258 mil ao todo, destinados a fim de inserir profissionais graduados em design nas equipes de projetos de pesquisa, estimular a cultura do design como inovação, bem como o desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços inovadores, permitindo melhoria da competitividade. Foram 23 propostas recebidas, de diversas regiões do estado. Entre os aprovados, estão projetos de pesquisa na área de energia e reciclagem de resíduos sólidos.



Os projetos recebidos foram avaliados por especialistas que levaram em consideração critérios como mérito, possibilidade de geração de produtos ou processos inéditos, infraestrutura disponível para pesquisa e currículo dos pesquisadores envolvidos. Segundo previsto no edital, as empresas proponentes garantem contrapartida de no mínimo 10% do valor do projeto.








Design em Minas Gerais

O design é um setor valorizado em Minas Gerais. Além do Centro Minas Design, uma série de ações são realizadas com o objetivo de fomentarem a atividade no Estado. Um exemplo é a incubadora de design da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), primeira do segmento no Estado. Ela presta serviços em todas as áreas do design para atender às demandas das micro e pequenas empresas (MPEs), viabilizando técnica e economicamente a inserção de novos produtos no mercado.

Uma incubadora é como um útero materno. Lá dentro, empresas recém-criadas encontram todas as condições para se desenvolver até estarem suficientemente fortes para entrar no mercado. As incubadoras minimizam as dificuldades dos empresários no início dos seus trabalhos, pois, para quem ainda está começando, despesas com água, luz, telefone, mobiliário e equipamentos podem significar desistir no meio do caminho. Em Minas Gerais, principalmente, são muito conhecidas as incubadoras de base tecnológica, que hospedam empresas do ramo de tecnologia da informação e biotecnologia.



A incubadora de design, que tem apoio da Fapemig, é voltada aos estudantes do último ano do curso de Design e recém-formados da universidade. Ela foi criada a partir do convênio celebrado entre a Escola de Design da UEMG, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), por meio do Programa de Inovação Tecnológica no Parque Industrial Mineiro.



Mais informações: ci@fapemig.br.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Parceria do Governo de Minas promove encontro sobre mudanças climáticas



O vice-governador Antonio Anastasia presidiu, na tarde desta quinta-feira (18), a reunião de lançamento da 15ª Sessão da Comissão de Agrometeorologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima e água, criada em 1950, que reúne representantes de mais de 100 países. Pela primeira vez, a Sessão da Comissão de Agrometeorologia será realizada na América Latina. “Mentes brilhantes certamente aqui estarão para mostrar com seu tirocínio, com sua inteligência e com suas luzes qual o futuro do nosso planeta e, portanto, de nossas vidas”, afirmou o vice-governador.



“A universidade, a academia, os institutos de pesquisa que vão definir o padrão do clima. Nós todos, cidadãos, percebemos que há uma mudança do clima no mundo; o regime das chuvas mudou, já houve uma modificação da temperatura e é claro que quem entende disso são as universidades. E nós temos aqui, felizmente, no Brasil e em Minas, um grande centro de excelência que é a universidade de Viçosa que tem condições de colaborar de modo muito efetivo no debate, na discussão e na identificação de soluções para as questões decorrentes dessa mudança climática que nos afeta a todos”, ressaltou Anastasia.







O trabalho da OMM em Minas Gerais, fruto de parceria do Governo de Minas com a OMM, a Universidade Federal de Viçosa e o Instituto Nacional de Meteorologia, serão realizados em julho, no Minascentro, capital. De 12 a 14 de julho, acontece o Workshop Internacional sobre a Crise da Sobrevivência dos Produtores Rurais: Serviços de Clima e Tempo, para, em seguida, de 15 a 21, ocorrer a 15ª Sessão da Comissão de Agrometeorologia.



O diretor da OMM, M.V.K.Sivakumar, lembrou que as mudanças climáticas não conhecem fronteiras. De acordo com ele, representantes de mais de 80 países já confirmaram presença na 15ª Sessão da Comissão de Agrometeorologia. Destacou que são países que se preocupam em buscar suporte técnico e científico para políticas agrícolas que ajudem a reduzir os danos causados por eventos climáticos adversos.



Participaram ainda da solenidade, os secretários de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana, e de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho; o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Luiz Cláudio Costa, entre outras autoridades e dirigentes de organizações da sociedade civil.