terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Minas capacita profissionais para tratamento da tuberculose




Com o objetivo de habilitar médicos e referências técnicas das Gerências Regionais de Saúde para o diagnóstico e tratamento da tuberculose foi realizada uma capacitação nesta terça-feira (23), no Espaço Helium, pela Coordenação Estadual de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).







Segundo o Coordenador de Pneumologia Sanitária da SES, Edilson Correa, a capacitação é um aspecto imprescindível para o controle da doença. “Já foram qualificados cerca de sete mil profissionais. Número que torna Minas Gerais o estado com maior quantidade de profissionais habilitados do Brasil,” destaca o coordenador.



Essas capacitações, realizadas de forma cada vez mais freqüente para habilitar os profissionais a lidar com a tuberculose, tem uma motivação importante: a tuberculose ainda permanece entre as preocupações da saúde pública, principalmente em países emergentes, que registram cerca de 80% dos casos da doença no mundo.



Em Minas, nos últimos seis anos, cerca de 6 mil casos de tuberculose foram registrados, sendo que os municípios com maior número de notificações são: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Betim. Desses municípios, apenas a Gerência Regional de Saúde de Belo Horizonte é responsável por cerca de 35% dos casos.



Para diminuir o registro de novos casos, um reforço no combate à doença é a grande cobertura do Programa de Saúde da Família. O objetivo, cada vez mais, é detectar os casos da doença ainda na atenção primária, evitando que o cidadão tenha o primeiro atendimento nos hospitais, momento em que estarão em um estágio já avançado da doença, debilitados e com a saúde comprometida. “Temos o objetivo de realizar uma detecção mais precoce,” explicou Edílson.



Além da detecção da doença em seu início, a estratégia mineira de combate à tuberculose tem outra atividade importante: o tratamento supervisionado. Essa proposta de intervenção contínua aumenta a probabilidade de cura dos doentes em função da garantia do tratamento assistido, contribuindo para a interrupção da transmissão da doença.



Essa estratégia de supervisão contínua dos pacientes, que recebe o nome de DOTS, já é realizada em Minas e foi criada por instituições de saúde internacionais como um conjunto de ações para o cuidado do paciente com tuberculose. Segundo o coordenador, “esta é a primeira experiência em um programa de tuberculose no mundo e constitui uma nova realidade no modelo assistencial”, destacou Edílson.


Quando suspeitar da tuberculose:



- Todo paciente com tosse há mais de três semanas deve ser considerado um suspeito de tuberculose e encaminhado ao serviço de saúde para confirmação ou descarte do diagnóstico.

- Podem ocorrer outros sintomas como: dispnéia (sensação de falta de ar), dor no peito (tórax), hemoptise (tosse com sangue), suor (sudorese), febre, dor de cabeça, falta de apetite e apatia e prostração (sensação de cansaço), entre outros sintomas.

- Também deverão ser examinados todos os indivíduos que convivem ou conviveram com doentes de TB (contatos), principalmente se também apresentarem sintomas respiratórios.





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