quarta-feira, 9 de junho de 2010

Assuntos em 09/06/2010



- Rebolation: petistas descontentes lançam campanha: "De Costa, não vou!"




O jornal Correio Braziliense informa hoje (09/06/2010), em nota da jornalista Denise Rothenburg, que os petistas mineiros estão lançando uma campanha com o mote: "De Costa, não vou!", a ser divulgada por meio de um adesivo.




É um protesto contra o fato de terem sido obrigados a engolir a candidatura do ex-ministro Hélio Costa (PMDB), para governador de Minas, em substituição ao ex-prefeito Fernando Pimentel (PT), imposta pela direção do partido. Dias antes, os defensores de Pimentel haviam lançado o slogan: "Empurrado, não vou!", uma referência a frase famosa do ex-presidente Tancredo Neves.





Já o sociólogo Rudá Ricci fez uma ironia com os petistas, em seu blog. Para ele, o slogan na verdade é o seguinte: "Me empurra que eu gosto!".



http://rudaricci.blogspot.com/2010/06/pt-mg-empurra-que-eu-gosto.html



- Adeus ao Partido dos Trabalhadores - "Manda quem pode, obedece quem tem juízo" - Artigo Sandra Starling (OT)

http://www.otempo.com.br/otempo/colunas/?IdEdicao=1687&IdColunaEdicao=11909



- Petistas não escondem frustração com chapa encabeçada por Hélio Costa

http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/06/09/noticia_politica,i=163320/PETISTAS+NAO+ESCONDEM+FRUSTRACAO+COM+CHAPA+ENCABECADA+POR+HELIO+COSTA.shtml



- Pimentel à Folha: "Apoiar Hélio Costa estava no preço, não podemos fingir"

Texto:

Abrir mão de candidatura 'estava no preço', diz Pimentel

VALDO CRUZ

DE BRASÍLIA



Obrigado a abrir mão de sua candidatura ao governo em Minas em nome do projeto de eleger Dilma Rousseff presidente, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel diz que apoiar Hélio Costa "estava no preço, não podemos fingir" e que agora terá de fazer um trabalho de "convencimento" para garantir que a militância petista apoie o peemedebista.

Sobre o suposto dossiê, responde com uma série de negativas. Diz que "nunca" ouviu falar de dossiê e que nunca viu "mais gordo" o delegado aposentado Onézimo Souza, que acusa o jornalista Luiz Lanzetta de ter pedido investigações sobre o candidato tucano.



A seguir, trechos da entrevista concedida por telefone de Belo Horizonte:




FOLHA - Você está frustrado com o desfecho em Minas?

FERNANDO PIMENTEL - Eu queria ser candidato, mas sabíamos que a lógica era prevalecer o acordo nacional com o PMDB.



A divisão do PT mineiro impediu o partido ter candidato?

Impedir, não, mas contribuiu um pouco para isso. Mas não é esse, vou dizer com clareza, o motivo. Isso ocorreu, mas é secundário. O principal é que a aliança nacional com o PMDB, feita no ano passado, pressupunha que o PMDB marcharia conosco com a candidatura Dilma e nos cederia o tempo de televisão e o vice, em troca disso nós flexibilizaríamos em todos os Estados em que o PMDB tivesse candidatos com chances reais de ganhar, teria a primazia na aliança. Isso foi claro. Era o caso de Minas Gerais.



Foi o preço a ser pago?

Estava no preço, não podemos agora fingir. Dou toda razão à militância que se engajou nesse processo de estar chateada. Mas é da lógica do processo. Nós fizemos uma escolha. Queremos e vamos eleger a ministra Dilma presidente da República. Para isso, tínhamos de flexibilizar em vários lugares. Eu, pessoalmente, não me sinto mal nessa história, chateado, porque acho que estamos dentro de um projeto, grande, coletivo, nacional, que contempla todo mundo, que em nome dele podemos, sim, adiar planos, mudar planos, estratégias. Agora, vou ser candidato ao Senado. Tenho uma chance razoável de ser eleito. Vou trabalhar pela chapa unificada do ministro Hélio Costa e pela campanha da Dilma. Acho que no final todos sairemos lucrando.



O que garante que a militância do PT, que preferia um candidato do partido, irá fazer campanha para Hélio Costa?

Vamos ter um trabalho agora, um esforço de convencimento das pessoas. O PT está inteiramente unificado no Estado no projeto de manter a continuidade do governo Lula, elegendo a ministra Dilma Rousseff. Em nome desse projeto, eu tenho certeza que nós conseguiremos mobilizar a militância. Claro que nesses primeiros dias vamos ter um rescaldo, um esfriar dos ânimos que estavam aquecidos nessa reta final.



- Folha de S.Paulo: Imposição de Hélio Costa leva PT a fazer corpo mole

Texto:




Imposição por Hélio Costa divide cúpula do PT de Minas


PAULO PEIXOTO

DE BELO HORIZONTE



Um dia após o PT nacional impor o nome de Hélio Costa (PMDB) para disputar o governo de Minas, a cúpula do PT mineiro se mostrou hoje dividida em relação ao empenho pela candidatura do peemedebista.

A decisão do PT empurrou o pré-candidato petista Fernando Pimentel para concorrer ao Senado.



A divisão ficou clara com as ausências do presidente regional do partido, Reginaldo Lopes, e do primeiro vice-presidente, Miguel Correa Jr., na reunião da Executiva Estadual. Os dois estavam em Belo Horizonte e fazem parte do grupo de Pimentel.




Integrantes desse grupo têm falado nos bastidores do PT que não pretendem se envolver na campanha de Costa, apesar de as declarações públicas de Pimentel terem sido no sentido de trabalhar pela unidade da aliança.



- Estadão: Protegido de Hélio Costa é salvo de demissão nos Correios

Texto:



Lula adia decisão de demitir cúpula dos Correios para garantir PMDB na aliança

09 de junho de 2010 | 0h 00

João Domingos / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O medo de prejudicar a aliança com o PMDB e a campanha da petista Dilma Rousseff fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiar a decisão de demitir o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e parte da diretoria da estatal apadrinhada por peemedebistas de Minas e do Rio.




Custódio é protegido do senador Hélio Costa (PMDB), ex-ministro das Comunicações e candidato da base aliada ao governo de Minas, e do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Assim como Custódio, foram bancados pelo PMDB, agora do Rio e de Minas, os diretores Marco Antonio Marques de Oliveira (Operações), Décio Braga de Oliveira (Econômico-Financeira) e Pedro Magalhães Bifano (Gestão de Pessoas).



Como o PMDB indicará o vice na chapa de Dilma, Lula avalia se vale a pena arrumar uma confusão com o partido neste momento, especialmente com Costa. O ex-ministro conseguiu a duras penas o apoio da cúpula do PT à sua candidatura ao governo de Minas, mas ainda não tem a certeza de que o partido local vai engajar-se em sua campanha.



Na Presidência, a informação é de que a briga dos quatro apadrinhados do PMDB com outros três diretores - estes defendidos pelo PT - está inviabilizando os Correios do ponto de vista de gerência e confiabilidade. Foram identificados problemas até na entrega de correspondência pelo Sedex, um serviço que se apresenta na publicidade dos meios de comunicação como infalível.



Mensalão. Os três diretores defendidos pelo PT são Roberto dos Santos Souza (Administração), Ronaldo Takahashi de Araújo (Comercial) e José Osvaldo Fontoura de Carvalho (Tecnologia). A atual diretoria dos Correios assumiu depois do escândalo do mensalão, ocorrido em 2005.



Esse episódio, o maior escândalo no primeiro governo de Lula, teve início na estatal, quando foi divulgada uma fita de vídeo em que o funcionário Maurício Marinho aparecia recebendo um pacote de dinheiro, cujo destino final seria o PTB. Revoltado com o que considerou uma manobra do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para derrubá-lo da direção do partido, o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), contra-atacou denunciando o mensalão.



Na semana passada, a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, fez chegar a Costa e Jucá a informação do descontentamento do governo com a diretoria dos Correios. De acordo com informação de senadores do PMDB, Erenice afirmou que não haverá salvação para a diretoria da empresa.



A conversa entre ela e os senadores teria sido assim, de acordo com relato de um deles: "Não se trata de uma briga entre partidos na disputa por uma estatal. Trata-se da substituição de pessoas que não têm condição de ficar à frente dos Correios. Indiquem outros nomes."



Engenharia. Como o assunto envolve uma engenharia política complexa num momento em que a Lula não interessa arrumar confusão com o PMDB, a Casa Civil informou ontem que a ministra aguarda a hora certa para conversar com o chefe. E relatar ao presidente tudo o que disse aos senadores que apadrinharam a indicação da diretoria dos Correios.



Procurado, Custódio disse, por intermédio de sua assessoria, que não faria nenhum comentário a respeito da possibilidade de ser demitido. Já o Ministério das Comunicações informou que houve ontem uma reunião entre a diretoria dos Correios e o ministro José Artur Filardi, mas não para tratar de demissão e sim de um assunto também espinhoso, os contratos das empresas franqueadas.

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