Praças e parques viram refúgio antes da volta à rotina
Ruas calmas, avenidas sem congestionamentos, pouquíssimos veículos em trânsito. Das calçadas era possível até ver toda a extensão dos quarteirões vazios, sem a correria de pessoas indo e vindo e o frenesi da cidade pulsando. Como consequência natural de todos esses fatores combinados, dava para "ouvir o silêncio" da grande capital mineira, que durante os últimos dias também descansou da sua agitação rotineira, depois da virada do ano.
Mas, de volta à realidade, a partir desta segunda-feira os principais corredores e ruas da cidade recebem mais de 1,2 milhão de veículos que compõem a frota. No domingo, muita gente aproveitou o dia ensolarado do domingo – depois de muita chuva e céu cinza – e buscou nas praças e parques refúgio para o último dia de calmaria. Na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul, um dos cartões-postais da cidade, o aparente silêncio do local só era quebrado com os gritos de “eu vou ganhar”, do pequeno Gustavo, de 3 anos que, montado em seu trator de brinquedo, apostava corrida com o irmão mais novo, Eduardo, de 2, que “pilotava” o velocípede que ganhou no Natal. "Eles adoram brincar aqui. Hoje (ontem), além de tranquilo, o dia está lindo", comentou o pai das crianças, o engenheiro Álvaro Simões, de 45.
O dia tranquilo, sem as chuvas que assolaram o estado nas últimas semanas, foi a combinação ideal para que a pequena Larissa, de 3, aproveitasse para dar as primeiras pedaladas em sua bicicleta, que ganhou na noite de Natal. Para isso, contou com a ajuda insistente do pai, o consultor de vendas Wendell Dias dos Santos, de 32. "Não é todo dia que dá para passear na praça. Ela ganhou o brinquedo, mas por conta das chuvas não teve como desfrutá-lo.”
A aposentada Beatriz Ceraso, de 66, trocou a agitação das estradas (pretendia viajar no fim de ano) para curtir BH com o movimento menos intenso. "A Praça da Liberdade é um lugar lindíssimo. Como a cidade está vazia, a gente consegue ver ainda mais perfeição nas coisas. Olhar toda essa beleza natural faz um bem enorme.”
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