quinta-feira, 9 de julho de 2009

Vice-governador inaugura usina no Leste de Minas Gerais


O vice-governador Antonio Augusto Anastasia participou da inauguração, nesta quinta-feira (9), da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Cachoeirão (foto), em Pocrane, no Leste do Estado, primeira a ser concluída dentro do Programa Minas PCH. A usina irá beneficiar, também, a cidade de Alvarenga e municípios vizinhos.
“O Governo de Minas tem investido em infra-estrutura, estradas com o programa
Proacesso que já chegou a Pocrane e vai chegar a Alvarenga, com obras de saneamento e, agora, com energia; e o mais importante, energia confiável e de boa qualidade”, afirmou Anastasia, durante a solenidade.


“Uma obra dessa é muito bom porque dá muito emprego”, lembrou o produtor rural Ottilio José de Oliveira, de 74 anos, morador em Pocrane. Ele, a esposa Lidia, a filha Vânia e os netos Carlos Henrique, Felipe e João Pedro, foram ver a usina de perto e também participaram da inauguração. Segundo Ottilio, a construção de uma central hidrelétrica no local “está prometida há mais de 30 anos, mas só agora foi prá valer”.


A construção da PCH Cachoeirão, no rio Manhuaçu, tem capacidade de 27 MW de potência, custou R$ 104 milhões e foi construída pelo consórcio formado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) (com 49% de participação) e a Santa Maria Energética (51%). O Programa Minas PCH foi lançado pelo Governo do Estado em 2004, conta com recursos da Cemig e parceiros e tem o objetivo de implantar e explorar energia obtida com as pequenas centrais, cujo modelo, de acordo com regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), requer área inundada inferior a três quilômetros quadrados, o que significa evitar a relocação de moradores e reduzir os impactos ambientais.

De acordo com o presidente da Cemig, Djalma Morais, presente à inauguração da PCH Cachoeirão, estão previstos investimentos de R$ 2 bilhões para 70 empreendimentos. A próxima a ser concluída é a de Pipoca, também no rio Manhuaçu, com investimentos de R$ 115 milhões, sendo R$ 56 milhões da Cemig. Com 20 MW de capacidade instalada, a previsão é de que entre em operação em abril de 2010. Citando vantagens das PCHs, Djalma Morais destacou que “além da energia confiável, os lagos também viram atração turística”.
Mais quatro PCHs, todas no Leste de Minas, já foram aprovadas pela Aneel: Senhora do Porto, Dores de Guanhães, Jacaré e Fortuna II, que, juntas, acrescentarão 42 MW ao sistema elétrico. A Cemig também assinou memorando de entendimento para a construção de outras seis PCHs, com 69 MW, totalizando 158 MW de potência que estão sendo viabilizados pelo Programa Minas PCH, potência capaz de atender, por exemplo, uma cidade do porte de Juiz de Fora, na Zona da Mata.


Responsabilidade social e ambiental

O vice-governador ressaltou que a Cemig é uma das empresas mais reconhecidas no mundo pelo caráter de sustentabilidade ambiental. Mesmo com o modelo PCH, foi executado um Plano de Controle Ambiental composto de vários programas socioambientais, similar ao que acontece com as grandes usinas. Também foi firmado com as Prefeituras de Pocrane e Alvarenga um Termo de Acordo composto de várias obras de cunho social, beneficiando principalmente os moradores dos distritos de Barra Mansa e Cachoeirão.


Entre as melhorias, estão a reforma das instalações da Polícia Militar, Projeto de Inclusão Digital nas escolas de Barra Mansa e Cachoeirão, com a instalação de laboratórios de informática e acesso à internet, e construção de posto de saúde, passarela e quadra poliesportiva. Foi feito um aporte de recursos à Prefeitura de Pocrane para construção de uma rede de esgoto no distrito de Cachoeirão e foram doadas fossas sépticas para as residências e escola de Barra Mansa.


Além disso, foi elaborado e será implantado um Plano Diretor para o uso correto do reservatório de Cachoeirão. Durante a implantação do empreendimento, foram gerados 1,5 mil empregos diretos no pico da obra, priorizando a contratação de mão-de-obra local.

Homenagem

A PCH Cachoeirão recebeu o nome de usina Henrique Nunes Coutinho, em homenagem ao fundador da empresa Santa Maria Energética, parceira da Cemig no empreendimento. O presidente da empresa, Arthur Coutinho, relatou a história de sua família com a geração de energia, por meio da construção de usinas e realização de outras atividades no setor, desde o início do século XX, na região capixaba do Rio Doce.

Ele contou que recebeu a autorização da Aneel para a construção da PCH no ano 2000. “Foram seis anos cumprindo exigências, até que o Governo de Minas lançou o Minas PCH. Conversamos com nossos acionistas que aprovaram a parceria com a Cemig, uma empresa tradicional e que trabalha com seriedade. Agora, temos um exemplo de usina; um empreendimento que nos honra muito”, afirmou.

Também participaram da solenidade o deputado estadual José Henrique (PMDB), o prefeito de Pocrane, Eustáquio Diones, a prefeita de Alvafrenga, Maria Isabel da Silva Neto, o prefeito de Colatina (ES), Leonardo Deptulski, vereadores e moradores dos municípios da região, diretores e trabalhadores da Cemig, da Santa Maria Energética e da PCH Cachoeirão.

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